Arte é para protestar


Depois de conversa com  alguns amigos do campo e ouvir lamentações sobre a falta de água. Coisa que não é novidade na zona rural. Porém maior do que a falta do líquido é a escassez de políticas públicas para o semiárido. Veio a ideia de protestar contra os comerciantes do voto, que aproveitam a desgraça do sertanejo para fincar os tentáculos da politicagem nas mais profundas camadas da sociedade. Para tanto escrevi o poema, melhor dizendo poemeto, para lembrar o sofrimento de muitos granjenses que rezam por um bom inverno (período chuvoso). Se aparentar com nossa realidade, é mera... intenção mesmo!




Água, seu prefeito!


Oturidade seu prefeito
ou caro seu gestor
dê uma olhada direito
veja o tamanho da nossa dor


Até o jegue chora
com as ancoretas nas costas
pois enquanto cê comemora
nós fica cá na bosta.


Sem água, os bichos
morre, vaca leite num tem
banho é capricho
caldo no feijão, também.


Vê lá seu prefeito
espie nossa aguniação
a coisa tá braba, mas jeito
tem muito pro nosso sertão.


Espero que atenda
o pidido que meu só num é
pois muito macho grande
sem água soluça feito muié.


Das casas cê sabe o rumo
é donde papé caro colorido
com a cara do fio seu
grudaram cheio de prometido.

Comentários

  1. Meu caro poeta Lira, você sabe bem do sofrimento do nosso sertanejo. Por outro lado nossos políticos só tomam banho com água mineral. Porém existe um projeto do Lula chamado ÁGUA PARA TODOS, vamos ficar na torcida...

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