Eleição na Câmara racha base do prefeito

por: Lira Dutra

Os ares da Câmara Municipal de Granja está quente, pegando fogo. O motivo é a eleição para a presidência da Casa. Cargo desejado por muitos, mas apenas um será escolhido, ou, como sempre acontece, apontado pelo Poder Executivo. E é aí onde mora o perigo, pois quando o presidente da Câmara é indicado pelo prefeito temos um Legislativo fraco, escravo do Executivo. Aprovando tudo que o chefe ordena e fazendo vista grossa aos desmando público. Já que não terá autonomia para fiscalizar e falar em nome do povo.

Não é segredo para ninguém que o prefeito por ter a maioria dos votos é quem escolhe, previamente, qual vereador assumirá o cargo de presidente. Mas tudo indica que pela primeira vez essa história vai mudar. É que a banca da situação rachou e os planos do Executivo está indo de água abaixo. Segundo informações, de um lado o vereador João Batista (Batista Sariema) – PSDB, sonha em ser o sucessor de Falbe Teles, até aí tudo bem, se não fosse o vereador João José (João Turé) botar o pé na parede e se candidatar, indo contra tudo e todos os cabeças do poder local.

Para engrossar mais o caldo, João Turé protocolou requerimento, solicitando que a eleição na Câmara aconteça no dia 22 (quarta-feira) de dezembro e não no dia 1º de janeiro de 2011, como de costume. João Turé conta com o apoio da bancada da oposição e votos da situação, contabilizando  7 votos até agora. O que lhe daria uma vitória. Os vereadores que apoiam a candidatura de João Turé defendem uma Câmara autônoma e próxima do povo, fortalecida para cumprir seu verdadeiro papel.

A cada dia as articulações na busca de apoio se intensificam, resta saber se algum dos candidatos vai pedir pra sair, ou se vamos ter duas chapas. Será? Toda essa celeuma é sinal de que o poder oligárquico perdeu suas forças.