Fluxos de mercadorias: o comércio global desigual
Na atual fase da globalização, tem-se observado um extraordinário
crescimento do comércio internacional. De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1950, o intercâmbio comercial mundial era de 64 bilhões de dólares. Em 2016, atingiu a marca dos
16 trilhões de dólares.
Alguns fatores foram decisivos para que isso ocorresse, entre eles: a
melhoria dos meios de transporte e de comunicação; a diminuição dos
custos e dos fretes; o rápido crescimento da população mundial nos últimos 60 anos; o aumento do rendimento de muitas famílias; a entrada
de novos países no comércio internacional mundial; e a liberalização das
regras comerciais — com o objetivo de facilitar a exportação e a importação de mercadorias entre países. Essas transformações resultaram na
difusão de um estilo de vida centrado no consumo; daí a expressão sociedade do consumo, caracterizada por uma intensa procura por todo
tipo de produto.
O comércio internacional, no entanto, continua apresentando desigualdades marcantes: enquanto Europa Ocidental, América do Norte e
parte da Ásia — os três principais polos da economia mundial — têm
grande participação no comércio mundial, muitos países da América Latina e da África, por exemplo, ocupam posições marginais, com reduzidos fluxos de
importação e exportação.
Em parte, isso se explica pela maior capacidade de produção e de consumo dos
países cuja industrialização é mais desenvolvida e pelo fato de muitos desses países manterem barreiras comerciais que impedem a entrada de produtos mais baratos,
principalmente agropecuários, oriundos dos
países subdesenvolvidos e emergentes.
As transnacionais
Em todo o mundo, parte expressiva da produção, do comércio e do consumo é impulsionada e controlada pelas chamadas transnacionais (figura 10)— empresas com alto nível de organização que atuam dentro e fora do território de seu país de origem, por meio de filiais espalhadas pelo mundo.
Embora existam inúmeras transnacionais originárias de países emergentes — como as brasileiras Petrobras e Vale, que têm sede no Rio de Janeiro e atuam em mais de 25 países; e a chinesa State Grid, do setor energético, que ocupou, em 2018, a 2a posição na classificação das maiores transnacionais em valor de negócios —, a maioria e as mais poderosas estão sediadas em países desenvolvidos: Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Suíça.
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